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quinta-feira, 4 de abril de 2013

Holocausto nunca mais!

Sou uma grande admiradora das obras do Augusto Cury. Apesar de ter lido poucas até então, o que me instiga é o dom dele de fazer o leitor refletir, e mais que isso, se auto questionar. Ele de fato o torna um colecionador de ideias e sonhos.
Embora ele nos remeta ao questionamento, é importante observar que usa metáforas para abordar fatores que permeiam a sociedade. 
Hoje vou falar um pouco sobre a sua mais recente obra, "O Colecionador de Lágrimas - Holocausto Nunca Mais"
É uma leitura muito agradável e de fácil compreensão, conta a trajetória de um colecionador de lágrimas chamado Julio Verne. Ele é professor de história em uma renomada universidade, embora ganhe menos se atuasse na sua outra profissão - psicologia, a História é o que move Julio, principalmente quando se trata da Segunda Guerra Mundial.
Certa manhã, Julio acorda totalmente atordoado após um sonho que mais parecia realidade. Além dos sonhos estranhos que se tornam constantes, diversos acontecimentos passam a fazer parte do seu cotidiano, como por exemplo, atentados por soldados nazistas, cartas antigas da época da 2.ª guerra aparecem na porta do seu apartamento e todos os dias fatos que parecem estar levando Julio à loucura. Mas isso não o desanima. Pelo contrário. Faz com que Julio tenha mais sede de multiplicar o conhecimento e levar às pessoas o que de fato aconteceu na 2.ª guerra, quem era Hitler, o que se passava no seu psiquismo e o que o levou a ser o maior sociopata da humanidade.
A obra é literalmente uma psico-história, tem várias referências bibliográficas que o próprio Cury divulga ao final (já anotei um montão para procurar depois), e confesso que nunca iria me preocupar em saber esses detalhes se não fosse a temática do livro.
Em uma Alemanha pós 1.ª Guerra Mundial, o que fez um simples mensageiro militar (que nem era alemão) se tornar um genocida? Porque intelectuais como advogados, jornalistas, médicos se submeteram às suas ideias e seus destinos foram condicionados à um campo de concentração e consequentemente à morte de muitos deles e suas famílias? Porque os judeus?Quais eram seus medos, angustias, anseios?
Tudo isso Cury nos mostra no Colecionador de Lágrimas.

E o principal, deixei para o final.
Será que se surgisse um Hitler nos dias atuais nos submeteríamos às suas ideias?
Pode ser que diante de tudo que o mundo já enfrentou, haja um pouco mais de maturidade e menos opressão, mas ainda assim, espero melhoras no futuro e que nossa humanidade não regrida de tal forma.

Que possamos ser colecionadores de ideias, lagrimas, sonhos e principalmente de esperanças.


Leia(se)m mais. :)
Descendentes de vítimas do holocausto - Tatuagem marcada  na humanidade.

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